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Defensoria Pública realizou mais de 100 atendimentos durante Mutirão do Consumidor
A Defensoria Pública do Estado de Sergipe realizou na última sexta-feira, 2, no calçadão da Laranjeiras com João Pessoa, Centro de Aracaju, mais um mutirão de atendimento sobre questões de Direito do Consumidor.
Foram realizados 118 atendimentos relacionados a juros de cartão de crédito, negativas de procedimentos médicos por planos de saúde, tarifas de energia e água, juros abusivos de empréstimos, prestação de serviços não realizados, troca de produtos, exigência de nota fiscal, cobranças indevidas, lei dos 15 minutos, entre outros.
Para a defensora pública e coordenadora do Núcleo de Direito do Consumidor, Elisabete Luduvice, procedimentos negados pelos planos de saúde lideraram o ranking das principais reclamações dos consumidores que compareceram ao mutirão.
“A realização de cirurgias e tratamentos de alta complexidade negados pelos planos de saúde foram os procedimentos que mais os consumidores reclamaram. O Núcleo de Defesa do Consumidor realiza diariamente ações nesse sentido e estamos conseguindo lograr êxito, onde quatro defensores públicos estão à disposição da população para ajuizar ações. Alcançamos um percentual de 99% de sucesso nas ações. Para garantir esse direito é necessário dar entrada no procedimento junto à operadora de Plano de Saúde e se for negado procurar a Defensoria Pública para darmos entrada na ação”, disse Elisabete.
Segundo o idoso José Augusto dos Santos, as concessionárias de empréstimo estão praticando verdadeiro abuso com juros que fogem da realidade. “É um absurdo, peguei R$ 1 mil reais emprestado na Crefisa e estou com uma dívida de R$ 3 mil. Parabenizo a iniciativa da Defensoria Pública em aproximar os seus serviços da população. Aqui fui muito bem atendido”, pontuou.
De acordo com o defensor público e integrante do Núcleo do Consumidor, Orlando Sampaio, alguns procedimentos solicitados por médicos são negados de maneira injustificada por planos de saúde. “O ponto principal que gostaria de frisar é a relação dos planos de saúde com seus usuários consumidores. O que vem acontecendo em regra é que os planos analisam economicamente o valor do procedimento e acabam optando por não custear de maneira injustificada”, enfatizou Orlando.
O mutirão contou com a participação dos defensores públicos Elizabete Luduvice, Paulo Cirino, Orlando Sampaio e Augusta Bezerra, além de estagiários e servidores.
Por Débora Matos e Andrea Lima
