1

Defensoria Pública é instituição mais importante para brasileiros

Defensoria Pública é instituição mais importante para brasileiros

 

Uma pesquisa nacional de opinião pública feita pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em todas as regiões do país e divulgada na quarta-feira, 13, revela que a Defensoria Pública é a instituição mais importante e a segunda mais confiável.

 

O objetivo da pesquisa foi identificar a percepção da imagem das instituições públicas em relação a conhecimento, confiança, importância e avaliação. Foram identificados meios utilizados para denúncias, prioridades da população em relação aos serviços de instituições de referência para determinados problemas, além de identificar o grau de conhecimento da sociedade.

 

Foram entrevistados mais de 5 mil pessoas das classes A, B1, B2, C1, C2, D e E em todas as regiões do país. As coletas foram realizadas entre os dias 9 de Março a 29 de maio de 2017, sendo que 62.5% dos entrevistados foram das capitais, 26.7% das regiões metropolitanas e 11% do interior, entre eles funcionários de empresas privadas, autônomos, estudantes, donas de casa, desempregados, aposentados, funcionários públicos, empresários, profissionais liberais, pensionistas e produtores rurais.

 

Com relação à importância das instituições para a população, a Defensoria Pública ficou em primeiro lugar com 92.4%. Na pesquisa realizada em 2014, a Defensoria ocupava o segundo lugar no ranking entre as instituições consideradas mais importantes para os entrevistados.

 

Quanto à instituição mais confiável, a Defensoria Pública ficou em segundo lugar com 74,1%, atrás apenas das Forças Armadas que lidera com 76,4%.     

 

A Defensoria Pública também está em primeiro lugar com 38.2% em prioridade na proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Entre os operadores do sistema judicial, a pesquisa revelou que a Defensoria Pública é a mais conhecida – subindo da sétima colocação em 2014 para quinta em 2017.

 

Para o defensor público geral da Defensoria Pública do Estado de Sergipe, Jesus Jairo Almeida de Lacerda, a pesquisa demonstra a importância da Defensoria Pública para todas as camadas da sociedade, principalmente para os hipossuficientes.

 

 “O trabalho das Defensorias Públicas em todo país é imprescindível no acesso da população à justiça. Os defensores públicos e os servidores são aguerridos e buscam incessantemente a garantia do direito do cidadão. A pesquisa é de grande credibilidade e, com certeza, só vem aumentar a responsabilidade e compromisso desempenhado pela instituição. A opinião da população só tem a contribuir para ampliar os serviços da Defensoria Pública e garantir cada vez mais o acesso da população à justiça”, destacou o defensor geral.

 

A valorização da Defensoria Pública apontada pelos entrevistados na pesquisa foi avaliada pelo presidente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), Clériston Cavalcante de Macêdo, como motivo de satisfação, mas também de reflexão e responsabilidade. “Apesar de ter nos Estados e no Brasil menos defensores públicos que o necessário, a Defensoria tem buscado se fazer presente em ações de defesa dos grupos mais vulneráveis”, ressalta Clériston Cavalcante.

 

“O Nordeste, onde o índice de conhecimento e importância da instituição foi menor, é onde tem menos defensores. A Defensoria foi pensada e criada para o povo, que agora a legitima através desta pesquisa como a instituição mais importante no país”, aponta o presidente do Condege, que considera esse reconhecimento ao trabalho desenvolvido por todos os defensores públicos, com o apoio dos servidores e estagiários, apesar do pouco investimento na instituição. “Esta pesquisa mostra a necessidade de investimento na Defensoria Pública, porque a instituição tem o respaldo da população que mais precisa ”, completou o presidente do Condege.

 

Instituições citadas na pesquisa: Polícia, Prefeitura, Partidos Políticos, Forças Armadas, Defensoria Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Poder Judiciário (Tribunal de Justiça, STF, STJ, etc..), Assembleia Legislativa, Congresso Nacional, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

 

Por Débora Matos