1

Mais de 200 atendimentos foram realizados no mutirão nacional “Meu Pai tem Nome”

Mais de 200 atendimentos foram realizados no mutirão nacional “Meu Pai tem Nome”

 

Diversos serviços foram disponibilizados para a população

 

A Defensoria Pública do Estado de Sergipe realizou 215 atendimentos no Dia D do projeto “Meu Pai tem Nome”, uma ação do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) em parceria com as Defensorias Públicas de todo país. O mutirão nacional de serviços aconteceu no sábado (12), das 8h às 14h, na Central de Atendimento Defensora Diva Costa Lima, no Bairro Jardins.

 

Foram disponibilizados exames gratuitos de DNA, através do projeto “Ser Pai é Legal; reconhecimento voluntário de paternidade;  filiação afetiva do projeto “Amar para Vincular”;  sessões de conciliação/mediação familiar; segunda via de certidão de nascimento; orientações sobre mediação familiar e resolução extrajudicial de conflitos. Além desses serviços, a população contou ainda com testes de Covid19 em parceria com as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e Universidade Federal de Sergipe.

 

Só neste ano, aproximadamente 32 mil crianças foram registradas sem o nome do pai. Em 2021, foram mais de 100 mil em todo país e, em Sergipe, mais de 2 mil. Um número que vem chamando a atenção das Defensorias Públicas no Brasil.

 

“O índice de crianças sem o nome do pai no registro só cresce a cada ano. Buscando apaziguar esses números alarmantes, as Defensorias têm entrado com esse projeto e ação concentrada para poder ajudar essas pessoas que pretendem regularizar a questão da paternidade. O resultado de DNA sai em média com 45 dias, vem lacrado e abrimos na presença do suposto pai e mãe da criança. Na sessão de mediação, todas as questões de pensão alimentícia, guarda e visitas são solucionadas”, salientou a diretora da Central de Mediação e Conciliação, defensora pública Isabelle Peixoto. 

 

A estudante de 20 anos, Stefane Mariane, aproveitou para fazer o exame de DNA do filho de dois meses. “Me relacionei por pouco tempo com o pai do meu filho e decidimos fazer o exame, uma vez que ele tem dúvida da paternidade. Essa iniciativa da Defensoria é interessante porque disponibiliza um serviço que não temos condições de pagar. Além disso, se for entrar com ação judicial, vai demorar para resolver”, disse. 

 

Os professores, Fabio Fernando Vicente Ribeiro e Uyara Maria Reis Figueiredo puderam solucionar diversas questões relacionadas ao filho. “Esse projeto facilita a praticidade do processo e, em curto prazo, conseguimos marcar o exame de DNA, firmar acordo de pensão alimentícia e regulamentação de visitas. Essa iniciativa só vem melhorar a vida das pessoas. Finalmente, resolvemos de forma ágil, tranquila e na paz”, comemorou Fábio.

 

“Tivemos a oportunidade de resolver de uma forma muito rápida, tranquila e sem muita burocracia. Estou satisfeita com o projeto da Defensoria, afinal, conseguimos solucionar tudo em uma só audiência. Tudo muito prático, claro e, em curto prazo que é o mais importante”, pontuou Uyara Maria.

 

O estudante de Segurança do Trabalho, Valdênio Ribeiro, conseguiu a gratuidade para segunda via de certidão de nascimento. “Moro em Itaporanga D`Ajuda e soube que teria esse mutirão. Consegui tirar segunda via de certidão de nascimento para questão profissional e fui muito bem atendido. Essa iniciativa é muito boa”, destacou.

 

“A Defensoria já têm os projetos Ser Pai é Legal e Amar para Vincular, onde durante todo o ano são realizadas diversas ações. Não é somente colocar o nome do pai no registro, há um trabalho psicossocial com os pais para mostrar a importância de não somente ser pai, mas também de conviver com o filho”, enfatizou a defensora pública da Central de Mediação e Conciliação, Gláucia Amélia Silveira Andrade.

 

Por Débora Matos

Valdênio Ribeiro