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Defensoria Pública e Vigilância Sanitária afirmam que situação das famílias é caótica

10 de abril de 2013

Defensoria Pública e Vigilância Sanitária afirmam que situação das famílias é caótica

 

Órgãos constataram condições desumanas durante visita ao local onde estão os ocupantes do 17 de Março

 

Débora Matos (Fotos: Iran Souza)

 

 

Alfredo Nikolaus conversou com as famílias e ouviu as reivindicações

O defensor Público Alfredo Nikolaus, as assistentes sociais Maria das Graças Ribeiro e Luciana de Góes, acompanhados da gerente da Vigilância Sanitária Estadual, Rosana Barreto, estiveram na manhã de hoje, 10, no terreno onde estão alojadas as famílias retiradas das casas do Bairro 17 de Março.

 

 

A assistente social Maria das Graças Ribeiro verificou a necessidade de doação de alimentos e assistência médica

O objetivo, segundo o defensor público Alfredo Nikolaus, foi verificar a situação dos moradores no que diz respeito à questão de higiene, alimentos, saúde e como as famílias estão vivendo em razão da negligência do Poder Público.

 

 

A catadora de reciclável Maria da Glória

Alfredo Nikolaus explicou que a finalidade dos Núcleos de Bairros e Direitos Humanos da Defensoria Pública é instruir e colher informações das famílias que se encontram morando em condições desumanas. “Estamos elaborando medidas para defender a população carente que se encontra no local. Esperamos que o Poder Público possa sanar a questão com relação à preservação da integridade física e a saúde das pessoas, pois grande maioria é de crianças que se encontram em vulnerabilidade social”, disse.  

 

A situação da catadora de material reciclado, Maria da Glória Gonçalves, não é diferente dos demais moradores que dividem espaço no local. Morando em um barraco com três crianças e dormindo em colchão que achou no lixão, Maria da Glória divide o tempo trabalhando como cozinheira voluntária. “Cozinho para cerca de 400 pessoas que não têm como fazer as refeições. Cada um dá R$ 0.50 a R$ 1 para comprar o alimento e dividir com quem não tem o que comer, mas têm dias que a comida não dá para todos, o que me entristece porque aqui tem 385 crianças que têm fome e sede”, relatou emocionada.

 

 

Alfredo Nikolaus conversa com a gerente da Vigilância, Rosana Barreto

“Somos tratados pelos moradores como marginais e o poder público esqueceu que somos seres humanos e que aqui têm crianças. Não tenho para onde ir e tampouco condições de pagar um aluguel. A Defensoria Pública é o único órgão que olha pela gente”, disse indignada.

 

 

Equipe da Vigilância Sanitária

A gerente da Vigilância Sanitária Estadual, Rosana Barreto, afirmou que a situação dos moradores é crítica. “São pessoas que estão vivendo em condições caóticas. Observei muitas crianças sentadas em terras provavelmente contaminadas e expostas a vários tipos de doenças. Constatamos também alimentos estragados e expostos no chão, descobertos e com características impróprias para o consumo, além de fezes e xixis dentro e fora dos barracos, enfim um cenário triste e uma situação horrível”, descreveu.   

 

 

Fiscal da Vigilância mostra a situação dos alimentos

A assistente social Maria das Graças Ribeiro disse que a Defensoria Pública vai verificar a possibilidade de conseguir doação de alimentos e ver a questão da saúde de algumas pessoas que se encontram doentes no local. 

Expresso Livre

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